A
economia do Estado de São Paulo retraiu 4,1% em 2015, puxada pelo tombo de 9,0%
da indústria, que não teve a tendência de queda revertida pela forte
desvalorização do câmbio ao longo do ano passado.
Os números fazem parte do Produto Interno Bruto (PIB) Paulista,
calculado pela Fundação Seade, e apontam ainda para a retração de 2,1% no setor
de serviços, em decorrência da alta da inflação e da enxugamento do crédito.
Entre os três setores da atividade, o único que cresceu foi a agropecuária, com
alta de 5,5% na comparação com 2014.
O
Seade destaca que por ser o Estado brasileiro com maior participação da
indústria, São Paulo tem sido mais afetado pela crise econômica desde 2014. Em
2015, as condições macroeconômicas adversas, com inflação elevada e crédito
escasso, comprometeram o desempenho do setor de serviços.
Comparando
os dados de dezembro de 2015 com o mesmo mês do ano anterior, o PIB Paulista
recuou 7,7%, influenciado por quedas na indústria (-12,0%), serviços (-3,4%) e
agropecuária (-0,6%). Na passagem entre novembro e dezembro, na série sem os
efeitos sazonais, a atividade econômica no Estado caiu 1,3%, com declínios de
0,2% segmentos industrial e de serviços e incremento de 2,9% na atividade no
campo.
Entre o terceiro e o quarto trimestres do ano passado,
a economia paulista caiu 1,7%, com desempenhos negativos da agropecuária
(-3,3%), da indústria (-2,6%) e dos serviços (-0,7%).