A Prefeitura da Estância
Turística de Ribeirão Pires decretou neste mês o tombamento do Bar da Estação,
dando continuidade à Política Municipal de Patrimônio Cultural - prevista na Lei
4.791/2004 (Plano Diretor). Com essa iniciativa, a cidade ganha o seu segundo
bem cultural protegido na esfera municipal - o primeiro foi a casa do famoso
produtor e dublador de filmes, Herbert Richers, homologado pelo Prefeito da
Estância, Adler Teixeira - Kiko, em outubro de 2017.
"Desde 1983, quando foi
criada a primeira lei de proteção ao patrimônio de Ribeirão Pires, a cidade
nunca havia protegido oficialmente o seu patrimônio. O atual governo foi o
primeiro a quebrar esse jejum de quase 35 anos" afirma o prefeito em exercício,
Gabriel Roncon.
Com a oficialização do
tombamento, a CPTM - Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, fica impedida
de demolir o bem e o governo garante a oferta de turismo histórico, uma vez que
o local impõe o aspecto saudoso de vila suburbana do final do século XIX. Tal
fato imprime identidade ao município, e sua preservação cumpre o que está
previsto como uma das ações do Plano Diretor de Turismo (que está sendo
elaborado em capacitação feita em parceria com o Senac/SP) e contribui
diretamente para a manutenção o título de Estância
Turística.
História
O Bar da Estação é um dos
últimos exemplares de toda a Estrada de Ferro Santos a Jundiaí. Elemento
obrigatório nas estações de metrópole e subúrbio.Foi construído no começo dos
anos 1930, por Jacyntho Gasperini, imigrante de Trento (Itália), que chegou a
ter fábrica de cerveja no Brasil.
Desde sua inauguração, o
singelo bar foi testemunha de várias gerações, que fizeram uso dele como ponto
de encontro para os moradores da vila ou para visitantes, que aguardavam a
chegada do trem ou desembarcavam na cidade. Tomar um café no bar do seu Jacyntho
era praticamente obrigatório. Com o passar dos anos, o barzinho resistiu à
modernização e manteve-se praticamente inalterado. Hoje, é uma edificação
charmosa no Conjunto Ferroviário de Ribeirão Pires, tombado pelo Estado em
2011.
Museu Aberto de Arte
Contemporânea
Na última semana, a
Prefeitura da Estância Turística de Ribeirão Pires realocou a obra denominada
"Cavalo", de autoria do artista plástico Lúcio Bittencourt, para a Igreja do
Pilar, no bairro Santa Clara. A peça, que integra o acervo do Museu Aberto de
Arte Contemporânea do município, estava instalada próximo à ponte da Vila Ema,
no acesso entre as avenidas Humberto de Campos e Capitão José
Gallo.
A obra "Cavalo" é uma
homenagem ao Clube dos Cavaleiros de Ribeirão Pires e representa o grupo
responsável pela realização das cavalgadas, principalmente durante os eventos
religiosos que acontecem na Estância, como a tradicional Festa de Nossa Senhora
do Pilar. A mudança, que repercutiu na cidade nos últimos dias, tem por objetivo
valorizar, ainda mais, este aspecto cultural do
município.
As peças do Museu Aberto
de Arte Contemporânea do município promovem a integração entre o patrimônio
cultural material, por meio do contato com a arte e estética, e o patrimônio
natural e paisagístico do município. A obra "Cavalo" poderá ser vista de perto
por visitantes e frequentadores da Igreja do Pilar, sendo agora ponto importante
da romaria e cavalgada realizada em homenagem à Nossa Senhora do Pilar, durante
a tradicional festa realizada anualmente.